quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

As pessoas não me fazem feliz.

As pessoas não me fazem feliz.

Esse texto não é uma reclamação velada a todas as pessoas que fazem parte da minha vida.
Esse texto é a definição do ser feliz por si mesmo.
Li uma frase, não lembro o autor, que diz "na vida somos felizes porque somos". Simples, assim.
Nunca devemos depender de algo ou alguém específico para sermos felizes.
Somos porque somos.
Acho isso bárbaro.
Desobrigamos nossos maridos, esposas, filhos, pais, irmãos, amigos, chefes, colegas de trabalho, vizinhos, primos, professores (esqueci alguém?) de nos fazerem felizes e entendemos que a felicidade é algo mais alcançável e sem rodeios do que parece.
Nenhum marido é perfeito. Ponto.
Nenhum filho é perfeito.
Os pais menos ainda.
Os amigos falham.
Um professor ou um chefe também.
Mas eles não podem lhe roubar a felicidade se ela vier de você e não deles.
Se você coloca a felicidade na mão de alguém está fadado a ser infeliz. Se coloca na mão de coisas ou acontecimentos é pior ainda.
Não estou dizendo para você não confiar nas pessoas. Estou dizendo para você não dar às atitudes delas um peso tão grande. Não estou dizendo para você deixar de querer conquistar, almejar, mas sim de dar as suas conquistas o peso que elas devem ter.
Se meu marido me manda flores eu serei uma pessoa feliz ainda mais feliz. Se meu marido me decepciona de alguma forma eu serei uma pessoa feliz em um momento de decepção. Ficarei triste, claro, mas será passageiro, pois minha felicidade não depende dele, mesmo que eu o ame.
As pessoas confundem amor com "ter que". Eu o amo, então ele tem que me fazer feliz. Eu o amo, então ele tem que ser perfeito. O verdadeiro amor é imperfeito e cheio de defeitos.
O cultivo da felicidade sólida e verdadeira não vem de grandes feitos, vem de uma convivência sua com você mesmo no dia a dia, amando-se, perdoando-se, ensinando-se a ver pó de estrelas em uma xícara de chá cheiroso, naquele tufo de pipoca caramelada no cinema, no arroto que saiu sem querer por causa do refrigerante - e que fez todo mundo rir.
Ser feliz por si mesmo é libertador.
Claro que isso não quer dizer que as pessoas não devem ser respeitosas e amorosas, e que você não deve exigir isso delas. Ou que você não deve colocar em sua vida pessoas que contribuam para a sua felicidade, ou mesmo aceitar em sua vida pessoas que drenam a energia.
Quer dizer apenas que você é responsável e agente da sua felicidade e isso inclui sair de um relacionamento abusivo, por exemplo.
Quando aprendi que a felicidade está em minhas mãos, aprendi que podemos encontrá-la em todos os momentos e acontecimentos da vida.
Minha filha nasceu prematura - no sétimo mês de gestação - e ficou internada na UTI por mais de um mês. Uma situação difícil para qualquer mãe de primeira viagem. Para qualquer mãe.
Mas hoje, quando penso naquela época, lembro das enfermeiras que conheci e que me ensinaram tanto, lembro da festa que fazíamos na neonatal - com direito a bolo e tudo - a cada semana de vida da minha filhota. Do fato dela tem saído do hospital bem no ano novo e nos ter permitido aprender a sermos seres humanos melhores até hoje. Claro que tivemos momentos de choro, desespero e insegurança. Mas não é disso que lembro.
Sejamos felizes porque sim. Saibamos agradecer pela vida, pela graça de respirar e ter mais uma chance de existência. Sem depender de ninguém ou de nenhuma situação para isso.
As pessoas não me fazem feliz.
Elas fazem parte da minha felicidade.
Porque sim.
(Vanessa Martinelli)

O que eu precisava ler.
Sempre ansiei por uma liberdade calada da solidão que mora dentro de mim. Complexo.

Eu amo minha família. Sério. Não falo do meu filho e marido aqui... esses são como parte de mim... mas meus pais e Irma.. ow relação complexa.

Quando eu era criança era alucinada pelo pai. Fanática. Eu queria sempre ser destaque pra ele. Mesmo no meu silencio em tantos momentos, eu estava maquinando ser destaque. Para ele ver. Na adolescencia o fanatismo caiu por terra qdo vi que ele não era perfeito. Começou ainda desconstrução. Hoje, aos trinta e um, vejo o quanto me prendi nisso. Nessa coisa de esperar aprovação. Hoje ainda me pego assim... esperando que minha mãe e pai, aprovem certas coisas msm eu tendo consciência de que não vão aprovar pq pensam diferente de mim naquele (e em muitos outros) ponto. Eh como um esperança idiota.

Saudades em muitos momentos de quando eu morava longe.

Egoista? Talvez. Mas Deus não dá ponto sem nó. Tive que voltar por minha mãe doente, com um doença tb. Primei tanto por minha independência e liberdade. Aí hj nessa proximidade toda me pego meio q presa de novo e odeio isso.

Mas não adianta alimentar revoltas. Eu tenho q aprender com isso. Eles são diferentes mesmo, humanos, mas deram o que podiam por mim, e minha gratidão é eterna. Só que trabalhar as diferenças eh sempre tenso. Em muitos âmbitos.

Tenho q vencer a mim mesma. Pra ter coragem de ser quem sou, quem quero ser, viver o que acredito msm. Pra não me revoltar e sim perdoar, tendo sempre coragem e sendo doce ao mesmo tempo.

Difícil. Mas vamos lá. A bronca são as energias negativas, o ar de superioridade no sentido de saber de tudo, a vontade de controle... eh muito ruim lidar com isso. Egoísmo, julgamento sempre, falta de vivenciar com TODO MUNDO o que se aprende com Jesus. Nao sou santa, mas me cansa o olhar que diz que sou incapaz ou burra ou algo assim... qdo correspondo as expectativas, ok, qdo não, ataque.

Lendo esse texto (que eh bom reler FOREVER) eh como se eu estivesse tomando consciência do caminho que tenho que pegar.. da direção... pq tô cansada dps baldes de água fria e de me sentir cerceada.

Talvez eu esteja sendo egoísta. Talvez não.
So que sempre acho q tenho uma tendência a me sentir culpada sem precisar sabe...
enfim... vou ali reler o texto. E ser feliz.

;;