quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Show mágico 1 - espera.

Amanhã tem o esperado show deles.
É demais querer me embriagar na poesia cantada desses caras???
... =/
Please God, que amanhã seja mara.


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Como se faz um relato de algo traumático?
Não, eu não quero relembrar cada segundinho dequele rápido e trágico momento. Resumo em: quase bati meu carro novinho.
Dramático? talvez, pra vc que tá com as contas ok. Pra mim foi um misto de pânico (eu podia ter morrido, matado alguem, etc... +.+) com agonia, com medo, desespero... no primeiro segundo entrei em pânico, dps busquei razão no meu interior, engoli o choro e tentaei raciocinar, o que fazer?
Dindo analisou a roda acabada, liguei pro seguro. Dindo trocou o pneu. A troca do pneu foi agoniante pra mim (mesmo eu apenas olhando). Quando cheguei em casa (sim, o carro andou normal, mas EU não estava normal) tudo saiu de uma vez só. Chorei, muito. de soluçar, tossir, engasgar. Vomitei de nervoso. Tive chiliques traumáticos de ficar andando a noite pela casa. Não dormi. Dindo tb não, com medo de eu ter um chilike sério. Foi uó. Não pelo carro; Disco tá do mesmo jeitinho. Mas por mim, que ando estranha desde então.

Foi coisa de 2 ou 3 segundos pra eu perder o controle na curva e quase que a merda tinha sido bem pior. Graças a DEUS e a agilidade de dindo, foi besteirinha.

...

Não sei explicar o porque, mas coisas assim mudam algo dentro da gente. Não, não quero me entregar ao trauma. Eu vou dirigir de novo. Só que as aulas vão ser com alguém profissional, e não com o marido ou dicas do meu pai. Meu bolso sente muito, mas eu preciso de algo sério.

...

Juntando isso a um tpm anterior, onde eu e dindo só fazíamos dar choque, ou pisar em ovos, eu tava quase surtando.. ainda estou acho. Mas uma relação pe assim né, duas pessoas bem diferentes que se gostam. Cedem. Mais, ou menos.
Tem horas que sinto com se eu cedesse mais, tem horas que sinto como se cedesse menos. É difícil enxergar com tanta coisa pra poluir em volta... é mta observação/pressão alheia. Cadê a faculdade dele? Cadê o salário maior? Cadê o filho? Cadê a mesa, maquina de lavar, e não sei o que mais?

É isso que faz surtar. Dei a doida na segunda a noite, e topei ir prum barzinho fazer média com amigos dele, detalhe, com ele um porre, sío pra tomar uma caipiroska. Ou melhor; 2. Pronto. Fiquei alegrinha, e alegrinha esqueço um pouco das raivas e relevo. Parti pro lema; "ser uma pessoa doce". Vamo ver se funciona.

Ainda mais nesse mundo cão, onde que é doce é idiota, ou é feito de idiota de um jeito ou de outro... é duro tentar seguir na linha, pe duro tentar ter uma conduta certa, principalemnte interiormente. Sim, sim, dentro da gente. Fazer reforma íntima.

É a uma que é grossa e egoísta, é outra que vive dando pitaco e efazendo observação negativa, é outro que te pressiona só com o olhar, é gente que arruma picuinha pra me enxer o saco.... putz!

É preciso ser forte pra não mandar todo mundo pra PQP...

Lá vou eu atrás da doçura. Doçura leia-se "brandura". Talvez, "serenidade". Equilíbrio.. aquele do ideograma de casas de ioga.

Tem coisas que perdi com o tempo e quero de volta.
Tem coisas que ainda não sou e quero ser.
É possível o contentamento?

Sim, quando busco Deus. Somente neste caso. Que me perdoem os céticos, mas eu sou assim. Não tô fazendo curso de passe pra aparecer ou pq mandaram.. é pq quero me sentir útil e ajudar os outros de maneira efetiva. E dar passes pra mim é o tipo de ajuda perfeita. Realmente serei instrumento de ajuda às pessoas. E ajudar tem um que de satisfação. Um quê diferente.

lembro de personagens como Alcione, de "renúncia" (Livro de Chico), Elinor, de "razão e sensibilidade", entre outros.. gente que vencei as adversidades com a candura, com paciência, dando a outra face mesmoooo, e não se entregando às dores ou ao desespero da perda ou de outras coisas... Por motivos diferentes, elas sao exemploes de abnegação e resignação. Coisas que eu quero MUITO, muito mesmo, ter.

Mas ser abnegada e resignada, soa como ser "idiota" àqueles que tem um olhar mais preconceituoso ou egoísta. Pelo menos eu sinto isso.
Mas eu quero ser alguém bom. Um espírito melhor(do que quem sou agora).
Mulher sofre viu. Acho que talvez seja lindo ser mulher por isso. Nós sofremos.


ab.ne.ga.ção feminino

  1. Renúncia da própria vontade;
  2. Desapego do interesse próprio;
  3. Generosidade com sacrifício;
  4. Altruísmo, isenção.

al.tru.ís.mo

  1. amor desinteressado ao próximo
re.sig.na.ção

V.pr. Submeter-se sem revolta a; acatar, receber a despeito de repugnância, de aversão; conformar-se:
É acto ou efeito de resignar;
desistência ou cedência voluntária de uma coisa ou de um cargo a favor de outrem;
abdicação;
renúncia;
conformidade;
coragem (na adversidade).

Bem... Acho que dá pra notar o quê de "eu queria ser Elinor" né? mas é. Pena que ainda tenho muito de Marianne =/ (talvez o ideal seja ser um pouco das duas, mas neste mundo, nessa vida neste mundo, eu queria é ser Elinor);

"Seu autocontrole não deixaria que aceitasse encorajamento vindo dos exemplos, nem dos louvores da mãe e da irmã. Sentia-se forte sozinha, seu bom senso a amparava muito bem, uma vez que sua firmeza não havia sido abalada, seu aparente bom humor demonstrava-se invariável, de maneira inverossímil diante de um golpe tão forte e tão recente."
- sobre Elinor em Razão e sensibilidade -



"Elinor era o conforto dos outros mesmo em sua própria tristeza, que não era menor do que as deles e era capaz de dar todo consolo que poderia ser dado pela segurança de sua própria força interior..."
- Razão e sensibilidade -

"Marianne Dashwood é expansiva, passional, sensível, autêntica e impulsiva. É uma romântica inveterada que lê sonetos de Shakespeare e toca músicas impregnadas de uma carga emotiva triste no piano. Ela é a contra-mão mais exata desta sociedade fútil, na qual as relações afetivas se dão por status e por dinheiro, esvaziadas de verdade, atadas por conveniência e mais deveres do que direitos... a  beleza desta personagem para o filme reside em dois aspectos: ela precisa se desiludir amorosamente e sofrer quase à morte para equilibrar-se na razão e ser feliz. " (blog http://madamelumiere.blogspot.com)


"Love is not love which alters when it alteration finds. Or bends with the remover to remove. Oh no! It is an ever fixed mark that looks on tempests and is never shaken. Willoughby. Willoughby. Willoughby."
"O amor só é amor quando não se dobra aos obstáculos e nem se curva às vicissitudes. É uma marca eterna que sofre ao tempo, sem nunca se abalar com as tempestades."

Amo o filme e o livro talvez por isso.. são duas faces de mim. AS DUAS FACES de mim. O que sou: a que estou me tornando e a que estou cada vez menos "sendo"... E sigo em busca do equilíbrio delas 2. Sendo um pouco Elinor e pouco Marianne, eu acho meu eixo de vez.


*talvez a gente reencarne mulher pq resgata mais sofrimento ainda né não? ahuahuahua (brincadeirinha!)


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eu... esses dias.

Eu não gosto do tempo. Nem da saudade. E o tempo só me dá isso... saudades de momentos que vivi e não voltam mais.
E no tempo que estou agora, eu não consigo enxergar a felicidade dos momentos que vivi antes, onde eu também não enxergava essa mesma felicidade quando eles eram "agora".

O que eu faço pra enxergar a alegria?

....

Ok, não sei se é uma simples tpm. Mas se for, essa veio com sede de chorar e se deprimir. Ou refletir (num modo mais otimista).

Acho que estou fora do meu eixo de novo. E preciso reecontrá-lo logo... pq é lá que acho a paciência, a força, a resignação e a fé.

Enquanto isso, me traduzo em palavras de Clarice Lispector..

"Estou com saudade de mim. Ando pouco recolhida, atendendo demais ao telefone, escrevo depressa, vivo depressa. Onde está eu? Preciso fazer um retiro espiritual e encontrar-me enfim -enfim, mas que medo - de mim mesma."

"A violeta é introvertida e sua introspecção é profunda. Dizem que se esconde por modéstia. Não é. Esconde-se para poder captar o próprio segredo. Seu quase-não-perfume é glória abafada mas exige da gente que o busque .Não grita nunca seu perfume. Violeta diz levezas que não se podem dizer."

"Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar."

"Tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras; sou irritável e piro facilmente; também sou muito calma e perdôo logo; não esqueço nunca; mas há poucas coisas de que eu me lembre; sou paciente, mas profundamente colérica, como a maioria dos pacientes; as pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdôo de antemão; gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo; nunca esqueço uma ofensa, o que é uma verdade, mas como pode ser verdade, se as ofensas saem de minha cabeça como se nunca nela tivessem entrando? Tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesmo; se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz; quanto a minha paz superficial, ela é uma alusão à verdadeira paz; outra coisa que esqueci é que há outra alusão em mim - a do mundo grande e aberto; apesar do meu ar duro, sou cheia de muito amor e é isso o que certamente me dá uma grandeza..."


"Eu sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo.
(...) Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.Sou um coração batendo no mundo."

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."

"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."

=***

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